quarta-feira, 17 de novembro de 2010

“Layne Staley - The Man In The Box” (Por Beetho.Lins)

No dia 22 de agosto de 1967, na cidade Kirkland em Washington, EUA nasce Layne Thomas Staley , conhecido por todos como apenas LAYNE STALEY ...
Com apenas 5 anos seus pais se divorciam, o que de certa forma afetou profundamente o comportamento de Layne.
No ano de 1979 Layne inicia sua vida musical com apenas 12 anos de idade tocando bateria, aos 15 anos de idade ele começa a tocar em bandas de fundo de garagem...
O envolvimento de Layne com as drogas foi algo extremamente precoce e foi algo constante em sua vida, e principalmente visível em suas atitudes, e principalmente em suas composições musicais ...
No ano de 1987 Layne se encontra com Jerry Cantrell, no music bank em Seattle, e apartir desse momento se forma uma banda com um nome provisório chamada Diamond Lie..  Jerry convidou seu amigo Mike Starr para tocar baixo, e Mike chamou seu cunhado Sean Kinney para ser o novo baterista. Alice 'N' Chains era o nome da banda anterior de Layne, que preferiu mantê-lo, mudando apenas o "N" para "In". Assim então, se forma o então conhecido ALICE IN CHAINS...
Layne ainda mantém seu envolvimento com drogas ainda de maneira mais intensa do que antes, isso se mostra em varias das letras compostas por ele...
Layne foi um homem que conseguiu com muita destreza transformar sofrimento humano em pura arte, na musica ele mostrava todo o seu talento, e em suas letras sempre abordava sua realidade dura e triste, fala sobre drogas e morte o tempo todo, as vezes de maneira direta e as vezes de maneira tão sutil que chegava a ser quase imperceptível.
Layne de certa forma sempre parecia anunciar sua morte em suas músicas, “Down In A Hole”, “Nutshell”, “Would?”, “We Die Young”, e tantas outras duras doses de realidade própria. Antes mesmo de “We Die Young”, já no nome, ele talvez nos falasse de uma Alice acorrentada, que não vive no país das maravilhas. Uma Alice que tentou se desacorrentar, mas que tristemente não conseguiu. Uma Alice que seria ele mesmo...
As drogas tiveram tanta influência direta na vida de Layne quem em 94, a banda se separa, frustada pela dificuldade dele de se manter longe do vício. Em 96, o grupo se reuniu novamente para abrir uma série de concertos do Kiss, voltando à inatividade no mesmo ano após finalizar os compromissos...
Após o parcial termino do AIC em 96 Layne ainda participou de alguns projetos musicais, mas no fim de 2000 não conseguiu assimilar seu vicio e música ao mesmo tempo, e entrou em um estado de profundo isolamento em  sua casa em Seattle, uma curiosidade legal sobre isso é que, mesmo depois de Ter brigado com seus parceiros de banda e possivelmente encerrado sua amizade com eles, Jerry Cantrell e o baterista Sean Kinney sempre que passavam por perto da casa de seu ex-companheiro de banda, eles sempre jogavam pedra na janela de Layne para saber se realmente estava tudo bem com ele, mesmo Layne não os considerando mais como amigos...
A última entrevista de Layne está no livro "Layne Staley: Angry Chair - A Look Inside the Heart and Soul of a Incredible Musician" da escritora argentina Adriana Rubio.
A entrevista foi a menos de três meses antes de sua morte, onde ele revela "Sei que estou morrendo, não uso drogas para ficar chapado como todo mundo pensa, sei que fiz uma grande besteira ao começar a usar essa merda" diz ele em um trecho da entrevista. "Meu fígado não está funcionando, fico vomitando o tempo todo, cagando nas calças e a dor é maior do que você pode suportar, é a pior dor do mundo. Sei que estou perto da morte. Eu usei crack e heroína por anos. Nunca quis terminar minha vida desta maneira. Sei que não tenho chance. É tarde demais. Eu nunca quis os polegares do público levantados para esta porra de vício. Não tente contatar nenhum dos membros do Alice In Chains. Eles não são meus amigos".
O restante do livro é composto por entrevistas com a mãe de Layne, que conta como foi sua infância, quais eram seus interesses, como era sua personalidade, sua vida amorosa e sua carreira. A maior parte do livro foi escrita por Rubio em primeira pessoa e compara a sua luta contra bulimia com a devastação produzida pelas drogas...
Essas tristes e cruas palavras faladas por Layne só continuavam afirmando o que suas letras diziam o tempo todo, o homem que havia escrito “MAN IN THE BOX” havia
se tornado o próprio personagem de sua letra forte e real para ele ...

Depois de todos já imaginarem tudo o que estava se passando com Layne veio infelizmente a confirmação de tudo... Layne Staley foi encontrado morto em sua casa, no dia 19 de Abril de 2002. Uma dose de heroína e cocaína combinadas foi a causa da morte do líder do Alice In Chains. O resultado da autópsia foi divulgado três dias depois, e além das drogas, constatou que Layne, 34, faleceu no dia 5 de abril, sendo assim encontrado apenas 14 dias após sua morte, já em estado de decomposição...
Naquele dia se fez tudo o que os fãs em todo o planeta temiam, a morte de um mito, que em sua fama morreu na solidão e em profundo estado de depressão...
A morte de Layne Staley serviu para eternizar na história da música o som do Alice In Chains. Layne libertou-se de si mesmo e de seu vício pelas drogas. Mesmo tendo sua vida devastada, para Layne a morte foi sua redenção. Para a história da música, sua consagração.
Layne apenas reafirmou-se na história da música e colocou seu nome e todo o seu sofrimento musical para toda a eternidade, e para ele a paz foi sua recompensa encontrada na morte... O nosso eterno “Man In The Box” ainda se mostra vivo em cada um ao qual ele foi influência e sempre será lembrado por tudo o que ele fez e ainda fará pela música...
Ao nosso eterno “Man In The Box” fica essa humilde lembrança!

Texto por Beetho.Lins, Tributo ao Eterno Ídolo.

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